Exames
Polissonografia

A polissonografia (PSG) é um exame realizado para avaliar o sono, e em geral é realizado em pacientes com ronco, apneia do sono ou outros distúrbios respiratórios do sono, sonolência excessiva durante o dia ou sono muito agitado. Também pode ser indicado para pessoas com hipertensão, obesas, dificuldades respiratórias, para avaliação pré e pós-cirúrgica e outras.
Existem vários tipos de polissonografia, nas quais diferentes parâmetros do sono são avaliados. Na SOS Neuro realizamos a polissonografia tipo 3 e em breve realizaremos também a polissonografia tipo 1.
Polissonografia tipo 3 (PSG 3)
É um exame mais simples porém muito útil para avaliar os principais distúrbios do sono (como apneia e ronco) e também mais cômodo. O paciente leva o aparelho da polissonografia para casa, dorme uma noite com ele e então os registros são analisados pelo médico. Esse exame avalia especialmente a respiração, saturação de oxigênio, roncos e batimentos cardíacos.
Apneia do Sono
O que é apneia do sono?
Apneia significa “parada da respiração”. Apneia do sono é o distúrbio no qual o indivíduo sofre breves e repetidas interrupções da respiração (apneias) enquanto dorme. As apneias podem ser causadas por diferentes fatores, podendo ser centrais (quando têm uma causa neurológica) ou obstrutivas (que têm uma causa mecânica, e são as mais comuns). As apneias obstrutivas acontecem quando o ar não consegue passar pela garganta por pelo menos 10 segundos, pois a passagem está obstruída. Quando ocorrem apneias com frequência maior que 5x/hora no sono dizemos que o indivíduo é portador de apneia do sono.
Estima-se que cerca de 4% das mulheres e 9% dos homens adultos sofram de apneia do sono, sendo que sua prevalência é maior entre os obesos e maiores de 35 anos.
Como não é uma doença muito conhecida e muitas vezes as pessoas ignoram seus sintomas, acredita-se que muitas pessoas têm apneia do sono mas não são diagnosticadas.
O que causa a apneia do sono?
A apneia do sono é associada a diferentes causas, que dependem da idade do paciente e de sua história. Entretanto, existem alguns fatores de risco:
– Aumento do peso (causa mais comum nos adultos): o excesso de tecido mole na garganta dificulta mantê-la aberta.
– Idade: em pessoas mais velhas, os músculos da garganta e língua ficam mais fracos e “relaxados”
– Alterações do formato da cabeça e pescoço, que pode resultar em menor espaço para passagem de ar na boca e garganta.
– amígdalas e adenoides grandes são causa comum de apneia do sono na criança.
O uso de alguns medicamentos e o consumo de café, energéticos e álcool também pode interferir tanto na qualidade do sono quanto na ocorrência de apneias.
Quais as consequências da apneia do sono?
Cada vez que ocorre uma apneia há uma diminuição da quantidade de oxigênio no sangue e é isso que leva aos principais problemas relacionados apneia do sono. Devido a queda na oxigenação, o indivíduo pode despertar brevemente, só o suficiente para conseguirá desobstruir a garganta (um microdespertar, que o indivíduo não percebe e nem lembra no dia seguinte). Esse fenômeno pode repetir-se muitas vezes em cada noite de sono nos casos mais graves, e prejudica o repouso do paciente, que se sente cansado no dia seguinte, além de ter consequências mais profundas no organismo.
Sem um sono de qualidade e sem a oxigenação adequada durante a noite, podem aparecerá problemas de memória, dificuldades de aprendizado e alterações de humor, além de sonolência e fadiga constantes.
A apneia do sono não tratada, a longo prazo, esta associada a várias doenças como diabetes, obesidade, hipertensão, insuficiência cardíaca, infarto, arritmias, AVCs e outras.
Quais os sintomas da Apneia do Sono? Quando suspeitar desse distúrbio?
O indivíduo com apneia do sono muitas vezes não percebe que tem dificuldade para respirar durante a noite e assim a doença geralmente passa despercebida por longo de vários anos até o seu diagnóstico. Em muitos casos, são outras pessoas que observam os episódios de apneia e alertam o paciente. Alguns sintomas que podem ser observados são:
- Ronco alto e interrompido
- Sono agitado
- Engasgos noturnos
- Sonolência excessiva durante o dia
- Despertares frequentes
- Levantar-se várias vezes para urinar a noite
- Pesadelos
- Sono não reparador
- Fadiga crônica
- Dor de cabeça pela manhã
- Irritabilidade
- Apatia, Depressão
- Dificuldade de concentração
- Perda de memória
- Impotência sexual
Como diagnosticar?
O diagnóstico da apneia do sono é feito através dos sintomas relatados pelo paciente e da polissonografia.
Qual o tratamento da apneia do sono?
O tratamento depende da causa e da gravidade da doença. O ronco sem apneia, bem como a apneia do sono leve podem ter melhora significativa com medidas simples como: dormirá de lado, perder peso, evitar uso de álcool ou tranquilizantes, entre outras. O uso de dispositivos orais confeccionado por dentistas que avançam a mandíbula durante o sono (placa oral) pode ser indicado em alguns casos.
O tratamento mais eficaz e mais utilizado para os casos moderados ou graves consiste no uso do aparelho chamado CPAP (do inglês, Continuous Positive Airway Pressure). O CPAP é um pequeno compressor de ar muito silencioso de alta tecnologia que se conecta a uma máscara ajustada ao nariz do paciente. Esse aparelho previne a obstrução da garganta durante o sono e restabelece o sono normal. As indicações, contraindicações e boa adaptação deste tratamento ao paciente tem melhores resultados quando realizado com acompanhamento de um médico e equipe de saúde especializada em distúrbios do sono.
Alguns casos podem se beneficiar de algum tipo de cirurgia aplicada ao nariz e/ou na garganta. Nestes casos, o paciente deve ser cuidadosamente avaliado pelo médico para indicar o tipo de cirurgia mais apropriada ou evitar uma cirurgia desnecessária.
Quando e como procurar ajuda médica?
O indivíduo que apresenta as doenças e/ou os sintomas descritos pode questionar o seu médico sobre este problema ou procurar um médico especializado em distúrbios do sono (medicina do sono). Este poderá encaminhá-lo ao exame de polissonografia para confirmar ou descartar a suspeita de apneia do sono, além de classificar a gravidade da doença. Caso confirme-se a suspeita da doença, o médico especialista poderá orientar e conduzir a melhor forma de tratamento para cada caso, restaurando assim um sono de qualidade.